Camada de ozônio e flagelos do Apocalipse


Por: José de Paiva Netto

Esta postagem foi publicada em 28 de September de 2016 e está arquivada em Colunas, Colunas/Colunistas.


Ao comentar em meus artigos sobre a camada de ozônio do planeta, prometi voltar ao assunto, intrinsecamente ligado à nossa sobrevivência, visto que ela nos abriga dos raios nocivos à vida humana. E inicio citando trecho de reportagem da Reuters:

“A Organização das Nações Unidas (ONU), por meio de sua agência de clima e ambiente, disse nesta quinta-feira (29/10/2015) que não há razão para alarme no aumento do buraco da camada de ozônio, recorde, que foi detectado neste mês de outubro. Visto que ela voltará, em breve, a encolher.

“Esse tamanho recorde do buraco que surge na Antártida varia, comumente chegando à sua maior extensão na primavera polar (…). No ano passado, 2014, a OMM — Organização Meteorológica Mundial — afirmou ter detectado o primeiro sinal de recuperação da camada, motivado, sobretudo, pela proibição dos gases que destroem a camada de ozônio, que está em vigor desde 1987. Afirmou ainda que uma década pode se passar até que o buraco comece a encolher. (…) ‘Isto nos mostra que o problema ainda está aí e que precisamos continuar vigiando. Mas não há motivo para alarmismo’, declarou Geir Braathen, cientista-sênior da Divisão de Pesquisa Atmosférica e Ambiental da OMM. ‘No geral, contudo, isso não reverte a recuperação [em andamento] de longo prazo projetada para as próximas décadas’, afirma a declaração.

“Os agentes químicos que destroem o ozônio, como os clorofluorcarbonetos (CFCs), muito usados em geladeiras e latas de spray, foram banidos pelo Protocolo de Montreal de 1987. O Programa Ambiental da ONU disse que esse tratado evitará 2 milhões de casos anuais de câncer de pele até 2030”.

Uma esperançosa notícia que certamente merecerá outros estudos e análises dos especialistas no tema. Acompanhemos os acontecimentos sem perder de vista que muito ainda precisa ser feito para ficarmos livres desse tormento.

 

Os Sete Flagelos e ação humana

Chamou a atenção dos meus leitores a similitude da mensagem do Apocalipse de Jesus, no Quarto Flagelo, 16:8 e 9, com o tema em questão:

“O quarto Anjo derramou a sua taça sobre o sol, e lhe foi dado afligir os homens com calor e fogo. Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus que tem a autoridade sobre estas pragas, e não se arrependeram para lhe darem glória”.

Uma linguagem profética de há quase dois mil anos que diz muito dos tempos atuais. Apesar do conhecimento que se têm dos efeitos nocivos de uma exposição exagerada ao sol, há quem isso não reconheça (que significa “ranger os dentes contra Deus”) e se coloque entre os que poderão desenvolver, por exemplo, câncer de pele, catarata ou outras doenças.

 

Avisos do Supremo Criador

Trago, por oportuno, trecho de improviso radiofônico, de 1991, com a análise dos Sete Flagelos, na série “A Instituição dos Diáconos”, que apresentei nas aulas do Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração:

(…) Advertiu um mentor das Claridades Divinas que — “Se a semeadura é livre, a colheita é obrigatória”. Daí entendermos o porquê dos Sete Flagelos, citados nos capítulos 15 e 16 do Apocalipse. Trata-se da vindima de uma semeadura irresponsável. Paulo Apóstolo aconselhou, em sua Epístola aos Gálatas, 6:7: “Não vos deveis enganar, porque Deus não se deixa escarnecer; aquilo que o homem semear, isso mesmo terá de colher”.

Vamos ao versículo primeiro do capítulo 15 da Revelação de Jesus segundo João — Os Sete Flagelos: “E vi no céu outro sinal grande e admirável, sete Anjos que tinham os sete últimos flagelos, pois com estes se consumou a Cólera Divina”.

Um sinal do céu já é algo muitíssimo significativo. Mas João faz questão de ressaltar que este outro sinal é grande e admirável. É como a nos chamar a atenção para o fato de que não podemos andar distraídos diante do que nos poderá sobrevir, pois a manifestação celeste é realmente grandiosa, admirável mesmo: nada menos do que Sete Anjos traziam os Sete Flagelos, que eram os últimos da série de coisas graves — por que não dizer terríveis? — que nós, seres humanos, fomentamos pelos milênios, tais como os males causados à camada de ozônio, muito mais prejudiciais do que pode imaginar a Humanidade desatenta, principalmente os jovens, tão esperançosos no futuro; porém, em sua maioria, distraídos dos avisos do Supremo Criador de todos nós.

 

O exemplo do telhado

Para ilustrar essa realidade realmente apocalíptica, criada pelos homens e não por Deus, é como se, levianamente, tivéssemos derrubado o telhado de nossa casa e exposto a família e nós próprios às intempéries, em um clima já afetado pela irresponsabilidade de seres gananciosos. Só que o “aguaceiro” que cai do Cosmos, atravessando o telhado aberto no topo atmosférico da Terra, deixa passar coisas piores que chuva, mesmo quando ácida. Aí está algo sobre a ação dos Sete Flagelos, provocados pela nossa incúria, que reforça a validade dos alertamentos divinos contidos no Livro das Profecias Finais. Exemplo disso temos na descrição do Sétimo Flagelo, capítulo 16, versículo 21 do Apocalipse:

“Também desabou do céu sobre os homens grande chuva de pedras que pesavam cerca de um talento; e, por causa do flagelo da saraivada, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu tormento (causado pelos próprios seres humanos) era sobremodo grande”.

Temos, portanto, que — perdendo o medo do Apocalipse — serenamente desvendar suas advertências, enquanto há tempo, e criar juízo para defender nossas vidas, porque a esperança é infinita. (…)

Inspirado no Cristo, tenho afirmado: o ser humano preferencialmente cresce quando desafiado pelos problemas da existência. Por isso, também com o pensamento elevado ao Divino Educador, venho lembrando a Vocês que é nos momentos de crise que se forjam os grandes caracteres e surgem as mais poderosas nações. Quando estamos integrados em Deus, as dificuldades só nos fazem crescer. Ensinam-nos a lutar com acerto.

 

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

— www.boavontade.com 

 



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