Petiscos: saiba como fornecer


Por: Chayanne Silva Ferreira

Esta postagem foi publicada em 28 de fevereiro de 2013 e está arquivada em Colunas, Colunas/Colunistas, Especial.


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Os petiscos são considerados alimentos compostos por ingredientes destinados exclusivamente à alimentação de animais de companhia com finalidade de agrado, diversão, prêmio ou recompensa, podendo também possuir propriedades específicas como, por exemplo, melhora da microbiota intestinal, redução de tártaros e mau hálito. Não se caracterizam como alimentos completos e balanceados, ou seja, NÃO substituem uma alimentação comum. Os petiscos mais comuns são os ossinhos e palitinhos de couro bovino, biscoitos e bifinhos.
Uma preocupação para os Médicos Veterinários é o relato de proprietários de animais que comem mais petisco do que o alimento diário (ração ou dieta caseira), pois não são alimentos completos, podendo levar o animal à desnutrição. Animais que possuem problemas de origem cardíaca ou renal, devem tomar cuidado com seu uso, devido à alta concentração de sódio que pode agravar a doença. Gatos não podem receber petiscos que contenham em seus ingredientes um umectante (mantem aspecto úmido e macio) chamado propilenoglicol, em virtude de causar formação de Corpúsculos de Heinz nas hemácias, o que se reflete em menor tempo de vida dessas células. Para cães seu uso é permitido.
Alguns desses alimentos possuem uma alta concentração calórica e quando fornecidos em excesso, podem levar os animais à obesidade. A obesidade dos animais de estimação tem aumentando drasticamente não só no Brasil, mas no mundo inteiro. É considerada uma doença e pode resultar em outras como a diabetes, além de levar a problemas osteoarticulares e cardiorrespiratórios. Os donos devem prestar atenção na quantidade de alimento, seja ração ou dieta caseira. Cada animal tem uma quantidade adequada de alimento, que deve ser prescrita pelo médico veterinário a fim de evitar que o animal coma em excesso. A prática de exercícios com o animal também é importante para o fortalecimento da musculatura e perda do excesso de calorias ingeridas ao longo do dia.
O ideal é que o proprietário sirva o petisco como forma de recompensa. Por exemplo, após as refeições, depois que o animal aceitou o comando de “sentar”, “dar a pata”, após o banho, medicação ou ida ao Médico Veterinário. Outro fator importante é a quantidade. O animal fica feliz quando ele é recompensado com o petisco, não importando o tamanho do petisco. Assim, metade de um bifinho ou metade de um biscoitinho é o suficiente para o animal amar seu dono.
Qualquer petisco poderá ser adequado para o animal de estimação, tomando as devidas precauções, controlando a quantidade oferecida e observando os ingredientes e suas concentrações como no caso do sódio. O dono também pode optar por oferecer pedaços de frutas e vegetais, tomando cuidado com alguns que são contra indicados, a exemplo de cebola, alho e uva, além de doces como o chocolate.

 

Chayanne Silva Ferreira - Médica Veterinária, Mestre e Doutoranda em Clínica Médica de Pequenos Animais. Especialista em Nutrição e Nutrição Clínica de Cães e Gatos. Email: chayanne@veterinaria.med.brChayanne Silva Ferreira – Médica Veterinária, Mestre e Doutoranda em Clínica Médica de Pequenos Animais.    Especialista em Nutrição e Nutrição Clínica de Cães e Gatos. Email: [email protected]


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